2009/09/18

Silêncio gritante
O estilhaço de gritos meus contidos, me explodem em silêncio
feito uma canção nos ouvidos de quem segue, a todo custo de seguir
sem saber dos custos da vida alheia, mas de suas próprias dívidas
a pagar-se pena a si mesmo, no degredo de continuar

Acima da escuridão além da falta de caminho ou direção
um caminho leva, os pés cavam, a terra anda sobre meus passos
e o riso é o desdobro da inconveniência, o risco é a aventura consciente

Quem anda quem dorme quem grita quem canta. E quem não grita?
Quem joga versos numa bolsa e segue em frente
Quem escreve gritos pode me ouvir, quem silencia não ouvi nada

Um estardalhaço silente me canta aos recônditos cantos de uma cabeça tonta
A embriaguez é o resultado da chatice alheia e o meu riso não é vale transporte
Arvore homem carros – máquinas, maquinaria infinita
Um corpo no espaço sobre um gigantesco pedaço de terra, pequeno pedaço no espaço, espaço em cima do nada
- quem segura o nada deste infinito universo?

Meus gritos e meus versos guardados em mim mesmo
é minha garantia de nada



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2 comentários:

Gil. disse...

Meu deus, que coisa mais gostosa isso aqui!

Raquel Guedelha disse...

"o riso é o desdobro da inconveniência"

=*

gritos a fora