
Silêncio gritante
O estilhaço de gritos meus contidos, me explodem em silênciofeito uma canção nos ouvidos de quem segue, a todo custo de seguir
sem saber dos custos da vida alheia, mas de suas próprias dívidas
a pagar-se pena a si mesmo, no degredo de continuar
Acima da escuridão além da falta de caminho ou direção
um caminho leva, os pés cavam, a terra anda sobre meus passos
e o riso é o desdobro da inconveniência, o risco é a aventura consciente
Quem anda quem dorme quem grita quem canta. E quem não grita?
Quem joga versos numa bolsa e segue em frente
Quem escreve gritos pode me ouvir, quem silencia não ouvi nada
Um estardalhaço silente me canta aos recônditos cantos de uma cabeça tonta
A embriaguez é o resultado da chatice alheia e o meu riso não é vale transporte
Arvore homem carros – máquinas, maquinaria infinita
Um corpo no espaço sobre um gigantesco pedaço de terra, pequeno pedaço no espaço, espaço em cima do nada
- quem segura o nada deste infinito universo?
Meus gritos e meus versos guardados em mim mesmo
é minha garantia de nada
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2 comentários:
Meu deus, que coisa mais gostosa isso aqui!
"o riso é o desdobro da inconveniência"
=*
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