2009/12/28


Sobre amores, bêbados e cotidiano...

O que nos salva da loucura e da chatice que é as vezes viver, o amor.

- minha querida, se você for chata não me deixe descobrir tão cedo.

A embriaguez é quando as pessoas se tornam suportáveis, não quem está bêbado, mas quem é visto por olhos tontos. O Vinicius de Morais que se apaixonava toda vez que possível, estava sempre bêbado. Só mesmo assim as pessoas são de fato importantes, quando estamos bêbados ou apaixonados. Dizia ele que a bebida ajuda a colorir as pessoas. E o amor salva da loucura, dizia o outro João, o Guimarães.

O amor é o que torna o medo possível e suportável. E assim vamos construindo amanhãs. Sem garantia de nada, mas com toda a certeza do sonho. E o que seria mais real que o sonho de amor? A casa pode ser pintada de laranja, e parecer sempre um pôr do sol. Os vizinhos podem ser uma fantasia. Um canal de TV que existe, mas que nós não assistimos.

- meu anjo, eu prometo sempre que improvável te fazer sorrir.

Volta para casa o homem bêbado, cheio de saudades e amor. Mas que pena nem todos estarem embriagados sempre. Não é o álcool, é a embriaguez. Um sentir o tempo de outro modo. O tempo que é sempre o mesmo, passa em diversas horas. A relatividade não diminui o caminho da saudade.

- lembrança não precisa de estrada. Eu sempre te alcanço.

Hoje não tem ressaca. Só riso besta de quem ama. Riso que escapa sem piada. Riso que nos carrega mais que os pés. Riso que embriaga.

- põe mais uma dose. Me dá mais um beijo.

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Um comentário:

sinval garcia disse...

Bacana!
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Sucesso!
Até +

gritos a fora